17 abril 2011

ExpoLondrina é modelo na gestão de resíduos para todo Brasil






A 51ª ExpoLondrina deve entrar para a história da Sociedade Rural como o início do Programa de Gestão de Resíduos no Parque Ney Braga.

A estimativa é que até o final do evento sejam recolhidas 15 toneladas de latinhas de alumínio e 10 toneladas de material orgânico (descartado pelos restaurantes e dormitório dos animais).

“Isto equivale a, aproximadamente, toda a coleta realizada em Rolândia durante um mês”, acrescentou Eduardo Panachão, presidente da ONG MAE, que foi contratada para administrar a implementação do Programa.

Durante os 11 dias da feira agropecuária, os catadores da Coopersil (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis e de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Londrina) percorreram o Parque Ney Braga recolhendo latas de cerveja e refrigerante, plásticos, papel e papelão, descartados em latões identificados ou caídos no chão.

Com o apoio de carrinhos elétricos, eles separaram e despacharam esse material a partir do depósito mantido pela cooperativa ao lado do Pavilhão Internacional, no Parque de Exposições Ney Braga. O dinheiro da venda dos recicláveis será utilizado para remunerar os catadores e aplicar na entidade. Só em latinhas de alumínio, a ONG MAE calcula que serão obtidos R$ 42 mil.

O material orgânico será destinado a 21 hortas comunitárias de Cambé que beneficiam mais de mil famílias daquela cidade. “Pretendemos expandir essa parceria, no próximo ano, também a Londrina e, principalmente, incentivar outras feiras agropecuárias a seguir nosso exemplo”, disse Gustavo Andrade e Lopes, presidente da Sociedade Rural do Paraná, que neste domingo (17 de Abril) circulou pelo Parque, recolhendo material reciclável em companhia de alguns diretores; do tricampeão mundial de rodeios Adriano Moraes e do gerente regional da Ambev, Rodrigo Vecchio.

Segundo Lopes, o Programa de Gestão de Resíduos na ExpoLondrina é algo inédito no segmento brasileiro. Ao mesmo tempo em que contribui com o sucesso do evento, ele cumpre uma lei municipal que exige dos grandes geradores a destinação adequada do lixo. “Nosso maior desafio é reduzir o volume de rejeitos (material não-aproveitado) que, diariamente, enchem 20 contêineres por dia que são encaminhados a uma empresa particular de tratamento de resíduos em Londrina.

Na opinião do peão de rodeio Adriano Moraes, sua participação na coleta é uma forma de homenagear os trabalhadores do setor que, muitas vezes, são desprezados. “Eles são peças fundamentais na realização de eventos como esse e nos incentivam a preservar os recursos naturais que ainda temos”, disse.

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